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Menino ou Menina?

A futura mamãe não consegue parar de pensar.


Vai se confirmar que é menina? Esse é o palpite da maioria das pessoas, incluindo o obstetra, é puro palpite, porque ainda não foi feita a ultrassonografia.


Saber o sexo do bebê é uma curiosidade que quase todas as mães têm, desde o primeiro momento em que a gravidez é descoberta.



Para a maioria das grávidas e “grávidos”, esse momento é de bastante tensão e ansiedade. Os papais ficam contando os dias para a realização da ultrassonografia. Qual será o sexo do bebê: menino ou menina? Que nome escolher? Qual cor será a do enxoval? São essas as muitas dúvidas que surgem nessa fase da gravidez. Não adianta pensar que a ansiedade muda depois do primeiro filho, é sempre um momento de grande expectativa para os futuros papais.

É chegado o grande momento, o dia da consulta com o obstetra para a ultrassonografia, e lá estão os futuros papais de primeira viagem Thalita e Diego, sentados na sala de espera.


O assunto da conversa não poderia ser outro, os possíveis nomes, mas parece que o pai já escolheu se menina se chamará Valentina e se for menino chamará Thomas.


Na sala de espera várias gestantes nas mais diversas fazes da gravidez compartilham em silêncio sentimentos de alegria, exaltação, medo e anseio. Sozinhas ou acompanhadas, é possível ver em seus olhos essa mistura de sentimentos que – hormonalmente falando ou não – atinge quase a totalidade das gestantes. Algumas esperam apenas pelo exame de rotina, outras, na expectativa de saber o sexo do bebê, não escondem a aflição pela descoberta, e também há as grávidas de risco, aquelas de olhares vazios e introspectivos, imaginando se receberão uma boa ou uma má notícia ao saírem do consultório.


“Gravidez não é nenhum bicho de sete cabeças”, gritam aos quatro ventos os homens que evidentemente não podem gerar e parir,  as mulheres que ainda não tiveram a  chance de viver essa experiência e as mães que já passaram por isso e obviamente já esqueceram - entre noites acordadas, choros, cólicas, primeiros passos e primeiras palavras - do turbilhão de emoções que as atingiram nesse período. Gravidez pode até não ser um bicho de sete cabeças, mas mexe muito com todas as mulheres.


E sendo uma gestante de primeira viagem, como no caso de Thalita, é bastante compreensível vê-la com os olhos arregalados, mãos molhadas de suor e coração pulsando a mil naquela linda e aparente serena sala de espera, com máquina de café e biscoitinhos amanteigados para saciar a aflição.

Desde o início da gestação, as futuras mamães já têm a certeza de conviver com a complicada gangorra de emoções que caracterizam a gestação. Num dia acorda bem feliz, e acha o máximo aquela "barriguinha". No outro, não quer nem olhar para o espelho e enfrenta um insuportável mau humor.


Existem todas as mudanças físicas, associadas aos hormônios, bem como a insegurança e a ansiedade, sentimentos que sempre acompanham as situações novas. Para evitar complicações durante e depois da gravidez é muito importante a compreensão e apoio da família. Ser mãe é lidar com algo completamente novo, desconhecido, a mulher fica naturalmente mais sensível.

É chegado o grande momento, o dia da consulta c“Senhora Thalita Ramos? Dr. Alisson lhe aguarda”. Chegou a hora. Ela não quer parecer alarmista, então ensaia um sorriso tranquilo ao cumprimentar o simpático médico que lhe examinará. Diego senta ao seu lado e finge a mesma serenidade, buscando tranquilizar sua esposa que já estava uma pilha de nervos depois de aguardar quase uma hora na sala de espera.



E então, inicia-se o exame e forma-se a imagem na tela. Mexe um pouquinho aqui um pouquinho ali, o som ao fundo são as batidas do coração, e sem suspense o médico dá os parabéns: “Parabéns papais, agora sim já podem chamar pelo nome. E aí moça? Tudo bem”? Diz o obstetra.


“Indescritível. Palavra que resume o sentimento que me invade nesse momento único da minha vida. Nem as detestáveis espinhas hormonais, enjoos ou as dores lombares, nada disso são capazes de me tirar desse estado “alfa” em que me encontro”. Diz Thalita com os olhinhos cheios de lágrimas.


Quanto ao pai, Diego, não fez questão de esconder a felicidade e o orgulho de ser pai de uma menina.


“O que muda saber o sexo da criança”, perguntei para a Thalita.


“Comprar muitas coisas e planejar o quartinho do bebê. Mas o principal é começar a chamar pelo nome”.

 

Thalita Ramos e Diego Esteves, com 24 e 25 anos, respectivamente, um jovem casal que não escondem a felicidade de serem pais. Deixam o consultório fazendo planos para o futuro de Valentina.om o obstetra para a ultrassonografia, e lá estão os futuros papais de primeira 

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