Período eleitoral: é tempo de guerra na web tocantinense!
Campanha política é algo que soa forte no Tocantins e isso fica claro com as mais diversas batalhas armadas entre militantes durante o período eleitoral. As pessoas tomam seus candidatos como se fossem membros de suas famílias e os defendem bravamente.
Neste texto falarei especificamente da campanha feita na internet. O que eu acho engraçado é que esse tipo de confronto político acontece de uma forma mais forte no estado mais novo do Brasil, vai ver porque nós temos o sangue muito quente devido ao calor escaldante.
Praticamente todos os militantes que têm acesso à internet se envolvem muito nas redes sociais, e alguns até de um jeito exagerado, com o objetivo de fazer com que seu candidato se sobressaia em relação ao adversário de forma que este fique com uma má fama perante os eleitores.
A última eleição que decidiu o novo gestor municipal da capital tocantinense até 2016 sem dúvida marcou história. O Twitter, rede social que nos permite expressar a opinião através de 140 caracteres, se transformou num verdadeiro campo de batalha: de um lado estavam os defensores de um estrangeiro corajoso que prometeu ser o “novo verdadeiro” para a capital; de outro os soldados que lutavam para que o eleito fosse um brasileiro verdadeiramente palmense e que tem uma considerável caminhada política no estado; atrás dos dois haviam os combatentes que defendiam uma candidata que considerava sua gestão como a única com coragem para fazer; e ainda mais atrás estavam os candidatos que criticavam todos os outros três primeiros.
A guerra estava armada. Cada grupo de militantes afirmava de forma cada vez mais confiante que o seu candidato era definitivamente o melhor para a cidade. Utilizavam argumentos fortes, e muitas vezes até pueris, para agredir ou denegrir a imagem da oposição.
Rafaela Lobato é analista de redes sociais e esteve como coordenadora de campanha dos perfis de um dos candidatos. Ela afirma que cada dia era uma surpresa e a equipe precisaria, querendo ou não, estar preparada para os mais diversos tipos de ataque. Aqui o caso chegou até a envolver ameaça de morte.
Sei que em período eleitoral muitas são as promessas e dinheiro demais rola por trás disso tudo. Caso o candidato seja eleito, muitos são os cargos prometidos aos militantes, mas eu não consigo entender o porquê das pessoas se entregarem tanto a ponto de comprometer até relacionamentos.
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Sou um fascinado por redes sociais e por isso acompanhei de perto cada acontecimento na rede mundial de computadores. Vi amizades serem cortadas como se fossem simples pedaços de papel por causa de divergência política. Confesso até que gostava e sinto falta de quando o site pegava fogo em dias de acusações à oposição ou divulgação de fotos que comprometiam a credibilidade do candidato adversário.
E por ter acompanhado todo esse período digo que fico cada vez mais impressionado com o comportamento humano. Na verdade o comportamento político humano. Onde é que vai parar a consciência das pessoas durante a campanha? Será que de quatro em quatro anos as pessoas esquecem que depois da eleição todos serão representados por um único gestor, seja ele o mais atacado ou não durante o processo eleitoral?
Acho que a preocupação que surge entre os eleitores na chamada festa da democracia se mostrava cada vez mais desnecessária e foge ao que realmente merece atenção durante um momento tão importante como esse. Hoje já temos um novo prefeito eleito, e satisfeitos ou não, já temos quem nos represente.
A postura de cidadãos que devemos ter a partir de agora é a daqueles que lutam sim, mas lutam na cobrança de uma gestão que deve fazer valer cada voto que recebeu. E não esqueçamos de que depois da eleição a vida continua.
O poder da internet na hora do voto