top of page

Praticar exercício? Não, obrigado

Nunca parei para pensar na importância de se exercitar, não da forma que eu observei no último final de semana na 12ª meia maratona, do Tocantins, onde estive como espectadora a convite de um amigo. Confesso que ir a maratona não era o meu programa para o final de semana. Nos meus finais de semana geralmente eu fico em casa com meu marido, descansando e assistindo filmes pela internet.


Eram centenas de pessoas. Este ano as inscrições bateram todos os recordes das edições anteriores. O número de participantes superou a expectativa da organização, foram 1.300 inscritos, entre amadores, grupos de academias e profissionais do Tocantins e outros estados.  E entre tantas pessoas que ali estavam um senhor de 72 anos me chamou atenção.  Enquanto eu o observava, meu amigo me falou que aquele senhor participava todos os anos da maratona, e nas últimas, estava sempre entre os primeiros colocados. Depois descobri que seu nome era Antônio Ribeiro Barbosa Filho.


Este senhor conseguiu me impressionar bastante, por ser super disposto e concentrado em seus exercícios de aquecimento, enquanto uns, brincavam e conversavam antes do inicio da corrida. Naquele momento fiz uma autoanálise e, sinceramente, eu não me imagino nesta idade participando de nenhum tipo de evento relacionado com esportes. Na verdade, em nenhum momento da minha vida. Sou uma jovem de 23 anos, sedentária e totalmente avessa a exercícios físicos.


Lendo uma matéria sobre saúde há alguns dias, me deparei com o assunto, “fazer exercícios físicos diariamente”. O que me intriga mesmo é a necessidade de ir frequentemente a uma academia ou correr na pracinha diariamente. Fico até empolgada quando penso nos resultados que os exercícios irão me trazer ao longo do tempo, mas na “hora H”, sou vencida pelo cansaço e a vontade de ficar em casa assistindo meus filmes.


Como toda máquina, nosso corpo precisa de uma rotina para que trabalhe em sua capacidade ideal. É nítida a diferença entre aqueles que praticam esportes, daqueles que não praticam. Sou um bom exemplo disso. Sempre tive dificuldades em desempenhar algum esporte. Não por falta de capacidade física, mas por não dá a esta máquina, meu corpo, uma rotina ideal de funcionamento.


Algumas pessoas ficam viciadas em exercícios. Estudos comprovam que a endorfina, substância natural produzida pelo cérebro durante e depois de uma atividade física, é capaz de regular a emoção, ajudando a relaxar e gerando bem estar e prazer. 


Quando damos valor ao exercício, não devemos pensar em culto ao corpo ou poder de sedução. Não é novidade para ninguém que a saúde e o bem-estar estão muito relacionados a uma vida mais saudável com a prática relugar de exercícios físicos. Acredito que quando se inicia a prática de algum esporte, é necessário ter força de vontade e disciplina. A partir daí existe uma linha tênue entre desistir ou apegar-se com amor.


Seu Antonio, como é chamado, rompeu com este limite e apegou-se com amor a pratica da corrida. O resultado é o 2º lugar geral na classificação da maratona. Uma conquista que vai alem do valor do pódio. Rompeu com a idade e mostrou que é possível aos 70 anos vencer pessoas mais jovens, que ao que parece, tendem ao sedentarismo. Mostrando que o corpo deve sem treinado para ser poderoso.


Enquanto isso, mesmo diante dessa chuva motivacional e observando vários exemplos como o de seu Antonio durante a maratona, fico a pensar: Devo ir correr hoje? Minhas pernas aguardam decisão. Bem, me preocupo com elas. Não sei quando elas vão me dar sinais de que preciso fazer exercícios. Enquanto isso...fico em casa com os meus filmes.

© 2012 by Greg Saint. No animals were harmed in the making of this site.

bottom of page