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Vamos popularizar o cinema

Já parou para pensar na mágica que o cinema proporciona? No tamanho do poder que ele exerce em quem assiste? Acredito que não, pois especialistas interessam – se mais por isso, é óbvio. Mas acredite, esse poder existe. E pode ser analisado pelo simples olhar de uma criança, quando assistiu a seu primeiro filme, é único. Caso não conheça esse olhar, o procure, ele é puro.


Mas, será que essa mágica consegue alcançar alunos dentro do âmbito universitário? Claro, o alcance não é feito rapidamente, pois o que temos são alunos com o intuito de aprender juntamente com seus professores, a troca direta. Porém chegue ao seu colega e faça esse convite: “E aí vamos ao cinema lá na faculdade?” Ele vai estranhar, primeiramente, mais o costume é instalado e o cinema na universidade é propagado.

Essa vertente de cinema existe em algumas Universidades, temos como exemplo a Universidade Federal do Goiás com mostras de cinema canadense, essa mostra atinge a todos os alunos e é produzida por alunos indígenas. Dentro da Universidade Federal do Tocantins existe o Cine Clube, produzido pela Proex – Pró – Reitoria de Extensão, Cultura e Assuntos Comunitários e desenvolvido pelos professores Paulo Fernando e Sérgio Soares.


Com a existência, algo positivo já existe, porém essa nova forma de cinema não é conhecida por parte dos alunos. O Ayllon Gustavo, estudante de Engenharia Elétrica da Universidade Federal do Tocantins afirma “nunca ouvi falar de cinema na UFT, mais se existe eu vou, no próximo estarei presente, e ainda convido meus amigos. A iniciativa é muito interessante”.


Viajar no mundo do cinema na UFT, segundo o professor Sérgio está sendo difícil. “Primeiro, temos a falta de divulgação, os alunos não vão às amostras, segundo, o horário de exibição está sendo difícil de agradar a todos, os que comparecem questionam a questão do debate no final dos filmes, não gostam e os alunos acabam indo embora entre outros problemas que temos”.


Essa pejorativa de cinema livre, com temas diversos deu certo em Palmas. Temos o Cineclube Sem Tela, que democratiza o acesso à sétima arte dentro do Tocantins e promove debates depois das exibições. As sessões são lotadas e o público aprova o modo de divulgação dos filmes e da amostra também. Então porque na UFT isso não acontece? Os professores não sabem bem ao certo as causas, e as soluções procuradas acabam sendo escassas no final.


Falta estrutura dentro da UFT, para que as exibições aconteçam. Segundo relatos do professor Sérgio, os locais são planejados, divulgados e acabam sendo ocupados por outros eventos, e o cinema mobilizado para outro local. Desorganização por parte desse setor dentro da faculdade. A proposta do cinema é bem visualizada e organizada, temos mais de 300 títulos de filmes disponíveis, para que as mostras sejam realizadas e possam atingir alunos, servidores e a comunidade Palmense.


O cinema livre tem uma produção imensa dentro do Brasil. Nas cidades pequenas que não possuem a estrutura de exibição de audiovisual, acontecem mostras de filmes que estão sendo exibidos ou já foram nos cinemas. A cidade de Araguatins já teve uma amostra com o filme Dona – Flor e seus dois maridos e outros filmes no ano de 2005, como uma das que estavam presentes repasso a emoção como algo único. Com um olhar de quem nunca tinha assistido a um filme em algo grande como aquela tela. Ri, chorei me diverti. Foi especial, por esse motivo nunca esqueci esse momento.


As universidades possuem estrutura, filmes, alunos enfim público. Que é o essencial na amostra, alguém para assistir, que possa emocionar – se de modo único. O que falta não é reconhecido, o que pode ser feito para que essa ideia propague – se também não.


“Combinaremos de ir ao cinema, sim.” Essa é a afirmativa de muitos alunos do Curso de Comunicação Social da UFT que foram abordados sobre a popularização do cinema livre. Tá aí, temos público, vamos rodar o filme agora e ver lágrimas, sorrisos, sustos. Esse é o cinema, isso é o que encanta a todos, mesmo indo a um cinema convencional, assistindo um filme em casa, exibindo em praças, auditórios, ambientes públicos. Isso encanta, faz muitas pessoas viajarem nas histórias, algumas até encontram – se.

Na UFT cinema livre é no pátio da biblioteca

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