top of page

​Palmas, menina danada....

Palmas, menina-moça danada!
Filha de mãe arretada
Quente como nossa gente
Furiosa, explosiva que nem trovoada...

Ah! Menina danada...
Se você soubesse
Quanta esperança,
Quanta saudade,
Quanta vontade
Foi preciso pra que você nascesse....

Você crescia valente.
Sem cabresto, mas decente.
Vingando esse teu pai,
Que um dia foi tão só
Estrangeiro na própria casa...

Mas, como fala Gil,
Porque não gosta de cama mole,
Driblou a razão,
Ouviu seu coração.
Se embrenhou neste cerrado
Domou boi e rio
Não viu dificuldade
E no meio de tanta diferença
Reencontrou sua identidade.

Esse lago é teu espelho,
Olha teu corpo!
Que bela arquitetura!
És a mais linda criatura!

Cresce menina
De cabeça erguida
Livre e justa.
Como teu povo,
Que te marcou o coração,
Que te pariu assim:
Tão arretada e mimada.
Cresce menina danada!
Temporã desta nação.

Lúcia Helena Mendes
Palmas, 26/03/2005

© 2012 by Greg Saint. No animals were harmed in the making of this site.

bottom of page